Pedro Hernandez
Morning Call - 30/06/2020
Ontem: Depois de uma manhã mais volátil, os ativos brasileiros firmaram ganhos na esteira da melhora vista no exterior, onde as bolsas americanas também ampliaram alta e o S&P 500 apagou as perdas de junho. O dólar caiu mais de 1%, na primeira baixa em quatro dias, e o real voltou a ter a melhor performance entre moedas emergentes. A bolsa fechou na máxima do dia, em alta de 2%, e os juros futuros longos ampliaram a queda durante a tarde. Notícias de que os aumentos de casos de coronavírus em regiões dos EUA foram menores do que nos sete dias anteriores ajudaram na melhora. E o Fed anunciou a abertura de mais um programa de crédito a empresas para atenuar os efeitos econômicos do coronavírus. Aqui, número de perdas de empregos registrado pelo Caged foi inferior às expectativas.
Hoje: Dólar tem alta generalizada e bolsas externas apontam recuos brandos neste pregão que fecha o trimestre em meio à preocupação sobre a possibilidade de que novas infecções pelo coronavírus desacelerem o ritmo de reabertura de negócios. Dados seguem apontando melhora do tombo provocado pela pandemia. Na China, recuperação do setor manufatureiro continuou em junho e aponta expansão, mas aprovação de lei de segurança nacional para Hong Kong gera atrito com EUA. No Brasil, a perda de 331.901 postos formais em maio ficou abaixo do esperado com reabertura da atividade. Presidente Jair Bolsonaro deve anunciar hoje a prorrogação do auxílio emergencial, em meio a alertas sobre o impacto nas contas públicas, algo que deve ser evidenciado pelo resultado consolidado do setor público de maio, com projeção de déficit primário de R$ 129,7.
Bom dia a todos.