Pedro Hernandez
Morning Call - 27/10/2021
Atualizado: 29 de out. de 2021
Ontem: O IPCA-15 acima de todas as expectativas aumentou a percepção de inflação mais disseminada e persistente, juntando-se à visão de deterioração fiscal com o desmonte do teto de gastos, o que levou os juros futuros a uma nova rodada de alta nesta terça. Várias instituições - como Citigroup, Goldman Sachs e Credit Suisse - ajustaram para 1,5 pp suas estimativas para elevação da Selic. A precificação na curva de juros mostrou alta das apostas até 2pp, embora esta tenha perdido força mais ao final da tarde, com os juros futuros reduzindo parte do avanço. Desta vez, o dólar não foi tão ajudado pela alta dos juros e subiu até pouco acima de R$ 5,60, reduzindo o movimento ao final da tarde. A percepção de alta maior do juro básico fez a bolsa tombar 2,1%, praticamente devolvendo os ganhos da véspera. A Câmara adiou para hoje a votação da PEC dos precatórios em plenário. As bolsas nos EUA renovaram as máximas recordes com resultados corporativos. Rendimentos dos Treasuries cairam e o índice dólar encerrou o dia perto da estabilidade.
Hoje: Mercado espera uma reação agressiva do Copom nesta quarta-feira à piora do cenário para a inflação. O próprio ministro Paulo Guedes defendeu que o BC não pode ficar atrás da curva. Investidor ainda monitora a PEC dos precatórios, que sofre resistências e teve votação adiada para hoje. Agenda de dados traz desemprego no Brasil e bens duráveis nos EUA. Exterior tem manhã negativa, com queda das commodities e balanços mistos. Bolsas europeias e moedas emergentes recuam. Safra de balanços prossegue e lucro do Santander Brasil supera estimativa.
Bom dia