Pedro Hernandez
Morning Call - 18/10/2019
Os juros futuros estendem a baixa ontem e elevaram as chances de uma redução maior da Selic, após a produção industrial dos EUA e dado de moradias frustrarem as expectativas e enfraquecerem a moeda americana globalmente, o que reforçou a visão de cortes pelo Fed. Ganham algum corpo as apostas, ainda minoritárias, em redução de 0,75 pp da Selic no Copom de outubro. Real ficou na contramão do fortalecimento da maioria das moedas frente ao dólar nesta quinta-feira, com a visão de que os juros mais baixos no Brasil continuarão reduzindo o atrativo do carry trade. A moeda brasileira teve a pior performance global. O Ibovespa caiu com realização. Imbróglio entre PSL e Bolsonaro é acompanhado pelo mercado, sem maior impacto sobre preços. Lá fora, as bolsas americanas subiram com séries de balanços, na maioria positivos, apresentados até agora. Dúvidas sobre o acordo entre Reino Unido e UE para o Brexit permanecem depois que membros do Partido Sindicalista Democrático da Irlanda do Norte disseram que o partido não apoiará o acordo. A produção nas fábricas dos EUA registrou maior queda em 5 meses em setembro com dados pressionados por uma greve na GM, além da demanda global fraca.
Hoje os mercados digerem o PIB levemente abaixo do previsto na China, mas que teve contraponto da produção industrial acima do projetado. O S&P futuro tenta reverter baixa, o minério de ferro aponta recuo moderado e ativos sensíveis à economia chinesa, como cobre, dólar australiano e maioria das moedas emergentes se sustentam com leves ganhos. Libra oscila antes de votação do Brexit amanhã e acordo Turquia-EUA sobre Síria alavanca lira. No Brasil, crise PSL x Bolsonaro domina jornais, mas não se espera efeito na votação da Previdência, na terça. Agenda limitada traz índice de antecedentes e fala de Clarida nos EUA, além de prévia do IGP-M no Brasil.
Bom dia a todos.