Pedro Hernandez
Morning Call - 16/11/2020
Sexta: Maior apetite ao risco visto no exterior durante a tarde beneficiou os ativos brasileiros, levando a bolsa a ampliar seu avanço, o dólar a suavizar a alta e os juros futuros a recuarem mais até o fechamento da sessão regular. As taxas já tinham reagido favoravelmente mais cedo à fala de Paulo Guedes de que não haverá populismo na definição de programa social. Isso amenizou o desconforto com as declarações da véspera, quando o ministro dissera que o auxílio seria estendido em caso de segunda onda do coronavírus. Em NY, ações de setores economicamente sensíveis recuperam ímpeto, em rotação com papéis de tecnologia. O Ibovespa teve a segunda alta semanal seguida, com avanço de mais de 3% no período, enquanto o dólar subiu mais de 1,5% na semana.
Hoje: Mercado monitora falas de Campos Neto e outros dirigentes do BC e avalia chances de retomada da agenda do governo após o 1º turno das eleições municipais. Candidatos apoiados por Bolsonaro e discurso antipolítica fracassam, mas presidente minimiza revés e diz que esquerda sofreu derrota neste domingo. Mídia também destaca sucesso dos candidatos de centro e desempenho fraco do PT de Lula. Bolsas globais caminham para novo recorde com sinais de que presidente eleito dos EUA Joe Biden se opõe a um lockdown, diminuindo risco de paralisia da maior economia do mundo. Commodities e moedas emergentes avançam também após dados mostrarem recuperação econômica da China e com assinatura de acordo comercial na Ásia. Retomada da Covid e possíveis decisões de Trump contra China são riscos. Agenda local destaca Focus, dados de inflação, vencimento de opções e balanços. EUA divulgam Empire Manufacturing, enquanto Lagarde, do BCE, e Clarida, do Fed, falam.
Bom dia e boa semana a todos.