Pedro Hernandez
Morning Call - 14/04/2020
Ontem: Os mercados tiveram uma leve melhora à tarde, embora não a ponto de tirar o S&P 500 e Dow Jones do negativo, diante da preocupação com balanços que devem trazer impactos da pandemina, nem de neutralizar a alta do dólar. O Ibovespa descolou de NY e subiu 1,5%, puxado por Vale e commodities, mais que devolvendo a baixa de quinta-feira passada. O dólar chegou a moderar o avanço à tarde, mas voltou aos níveis anteriores perto do final da sessão, encerrando com alta de 1,8%. Já os juros futuros longos reverteram alta vista mais cedo, diante de sinais de negociação entre a Câmara e o governo para que o plano de ajuda a estados e municípios evite medidas que possam tornar perenes desajustes fiscais após o fim da pandemia. No EXTERIOR, a França estendeu as restrições até 11 de maio. Segundo a OMS, setenta vacinas contra o coronavírus estão em desenvolvimento globalmente e três já estão em teste em humanos. Hoje: Bolsas externas sobem antes de balanços americanos, que incluem o JPMorgan, enquanto metais se valorizam com balança comercial melhor que o estimado na China. Sentimento positivo, contudo, não é homogêneo. Petróleo opera em queda e moedas pares do real têm leve depreciação. Internamente, Câmara aprova projeto mais generoso do que o do governo para socorro aos estados mesmo após negociações entre Maia e Guedes ontem terem amenizado receios fiscais. Votação na Câmara, assim como o adiamento do Orçamento de Guerra para quarta, reflete divergências entre governo e Congresso no enfrentamento da pandemia. Meta fiscal de 2021 pode ser flexibilizada, dizem fontes. Jornais ainda relatam desgaste de Mandetta com Bolsonaro e ministros em meio ao avanço dos casos do coronavírus no país. Agenda aqui traz IBC-Br anterior à crise e BC anuncia repo para dia 20. EUA têm falas de dirigentes do Fed. Bom dia a todos.