Pedro Hernandez
Morning Call - 12/09/2019
Os dados do varejo acima do esperado em julho trouxeram alívio ao cenário de crescimento da economia e definiram o rumo dos ativos locais ontem. O dólar operou em queda durante praticamente todo o dia e voltou ao patamar de R$ 4,06, descolando do movimento do dólar no exterior. Os juros futuros mostraram viés de alta e o Ibovespa subiu 0,40% aos 103.445 pontos. No final da tarde, a demissão do secretário da Receita, Marcos Cintra, gerou desconforto momentâneo e o dólar chegou a desacelerar a queda. O presidente Jair Bolsonaro disse, via Twitter, que a tentativa de recriar a CPMF derrubou o chefe da Receita e que o novo imposto está fora da reforma.
Lá fora, Donald Trump voltou a pressionar o BC americano ao tuitar que pediu ao Fed que cortasse os juros “a zero ou menos” para reduzir o custo de financiamento da dívida do governo. As bolsas americanas subiram com a liderança de ações de tecnologia depois que investidores celebraram preços mais baratos do iphone.
Mercados externos hoje tem sentimento positivo após o presidente Donald Trump dizer que adiará o próximo aumento de tarifas e com relato de que a China considera importar produtos agrícolas americanos. Bolsas asiáticas subiram e o dólar tem baixa moderada, enquanto juros das treasuries recuam. Euro sobe, apesar da expectativa de que reunião do BCE decida novos estímulos diante de sinais de enfraquecimento da economia europeia. Mercado projeta corte de 0,10 pp da taxa de depósito e espera anúncio de compra de títulos. No Brasil, agenda destaca dado de serviços, com estimativa de alta, após varejo ontem superar expectativas. Jornais destacam demissão do secretário da Receita, por insistência na CPMF. Bolsonaro diz que o imposto, ou aumento da carga tributária, está fora da reforma.
Bom dia a todos.