Pedro Hernandez
Morning Call - 10/06/2021
Ontem: O IPCA de maio, acima das previsões de mercado, puxou os juros futuros para cima, levou várias instituições financeiras a revisarem projeções de inflação para o final do ano, penalizou ações de construtoras e de administradoras de shoppings na bolsa e ainda reforçou expectativas de que o BC abandone a menção à “normalização parcial” da política monetária. O Ibovespa fechou perto da estabilidade e levemente abaixo do patamar dos 130.000 pontos, com empresas exportadoras de commodities na ponta positiva. O dólar, por sua vez, quebrou uma série de nove quedas seguidas e subiu acima dos R$ 5,06, em movimento visto como de ajuste. O próximo dado de inflação no foco dos analistas é o CPI dos EUA, hoje, que pode balizar apostas em relação ao timing do Fed para reduzir estímulos. Aqui, o deputado Arthur Maia (DEM-BA) será o relator da reforma administrativa. As bolsas de NY fecharam em queda. Rendimentos dos Treasuries de 10 anos cederam antes do CPI nos EUA.
Hoje: Tesouro oferta títulos prefixados e LFTs nesta quinta-feira após juros futuros serem pressionados ontem pelo IPCA maior que o previsto em maio, que levou a revisões das estimativas de inflação no ano. Ganhou corpo a expectativa de que o Copom da próxima semana adote um tom mais hawkish, possivelmente removendo a menção ao ajuste parcial da Selic. Inflação e política monetária também movem o mercado global, com o CPI nos EUA e fala de Lagarde após reunião do BC europeu. Diante da cautela com o indicador, que se vier mais alto pode gerar receios de retirada prematura dos estímulos do Fed, ativos externos operam sem tendência definida nesta manhã. Minério de ferro é destaque de alta com demanda chinesa e risco envolvendo represa da Vale. Agenda ainda traz auxílio-desemprego nos EUA e dados da Conab no Brasil. Guedes tem reuniões com Moody’s e Bolsonaro.
Bom dia a todos.