Pedro Hernandez
Morning Call - 10/01/2022
Sexta: O aumento dos ganhos médios por hora acima do esperado e queda da taxa de desemprego em dezembro nos EUA ampliaram a expectativa de que março será o ponto de partida para alta dos juros norte-americanos e direcionaram os ativos globais. O indício de pressão inflacionária no mercado de trabalho norte-americano corroborou a postura mais hawkish apresentada pela Ata do Fomc na quarta-feira, apesar da criação de vagas abaixo do esperado. Bolsas de NY cairam, yields dos Treasuries subiram e os juros domésticos acompanharam. No câmbio, o dólar teve direção contrária com queda, que era de 0,9% no fim da tarde, cotado ao redor de R$ 5,63, após inicialmente reagir em alta ao payroll. Real se comportou alinhado aos pares emergentes. O Ibovespa encerrou o dia em alta, reduzindo perda da semana, puxado por Vale.
Hoje: Mercados globais abrem a semana mistos enquanto investidores aguardam na semana CPI nos EUA e China e fala de Powell, que podem gerar volatilidade. Goldman já prevê quatro altas de juros pelo Fed em 2022. Yields estendem alta e bolsas têm desempenho misto. Ômicron segue como ameaça e receio de avanço da nova cepa na China derruba o minério de ferro, enquanto petróleo sustenta os US$ 79. No Brasil, juros futuros devem reagir à Focus na véspera do IPCA, que sai amanhã e deve ter desaceleração mensal, mas fechar 2021 perto dos dois dígitos. Agenda ainda traz IPC-S aqui e fala de Bostic nos EUA. Bolsonaro diz que servidores podem ficar sem reajuste, em meio à pressão de policiais nos estados por reajuste após governo federal sinalizar aumento à PF. Campos Neto pega covid. No corporativo, Vale informa deslizamento de terra sem feridos em Salobo e Silva e Luna diz que Petrobras não pode fazer política pública.
Bom dia e boa semana