Pedro Hernandez
Morning Call - 06/09/2019
A perspectiva de retomada das negociações EUA-China, assim como dados americanos acima do esperado, impulsionou as bolsas em NY e também o Ibovespa ontem. Os bancos foram destaques nas duas praças, lá por causa da alta dos rendimentos dos títulos de 2 anos e, aqui, pela fala de Roberto Campos Neto sobre depósitos compulsórios elevados. Já o dólar desacelerou gradualmente a queda desde os números de encomendas às fábricas nos EUA até firmar alta ao final da tarde, chegando ao patamar de R$ 4,11. O real teve comportamento semelhante ao da lira turca e do rand. Quantos aos juros futuros, oscilaram durante o dia com o leilão do Tesouro e com o dólar, mas ao final da sessão regular mostravam queda leve, com as notícias de avanços nas reformas e recuo de Bolsonaro em mexer no teto de gastos acabando por prevalecer nos negócios.
No exterior, as bolsas americanas encerraram a sessão com alta de mais de 1% depois que dados da economia americana contribuíram para aumento da confiança em dia já positivo com mais uma aparente trégua entre EUA e China. Os dois países anunciaram que as negociações destinadas a encerrar a guerra tarifária serão realizadas em Washington nas próximas semanas.
Hoje é dia de payroll e do tão aguardado pronunciamento de Jerome Powell em Zurique, pouco antes do início do período de silêncio que antecede a reunião do Fed dos dias 17-18. Mercados esperam alguma sinalização para a política monetária após os dados mais recentes da economia. S&P futuro estende alta pelo 3º dia e o dólar recua levemente ante moedas emergentes. Yields europeus recuam após dado frustrante na Alemanha. China amplia estímulo reduzindo compulsório.
Bom dia e um excelente final de semana a todos.