Pedro Hernandez
Morning Call - 04/02/2019
Os ativos brasileiros começaram o mês em leve ajuste após o rali de janeiro, com exceção dos juros futuros, que prosseguiram na redução de prêmios de risco. Depois da sinalização mais dovish (flexível) do que o esperado por parte do Fed coroar um cenário positivo pelo otimismo com reformas, o dólar fechou em alta modesta (R$ 3,6568) na sexta feira e Ibovespa perto da estabilidade. O payroll nos EUA mostrou criação de vagas mais forte que previsões, mas com revisões para baixo no número anterior e sem grandes pressões nos ganhos que preocupem o Fed. No final do dia, o mercado local aguardava o desfecho das eleições para presidências da Câmara e do Senado já com os nomes de Rodrigo Maia e Renan Calheiros precificados.
No exterior, as bolsas americanas encerraram o dia de lado, sob peso de ações de tecnologia; investidores pesam relatório de empregos melhor que o esperado e projeções decepcionantes de vendas da Amazon. Índice dólar operou perto da estabilidade e os yieldsdas treasuries subiram. As contratações nos EUA em janeiro superaram todas as previsões, enquanto os ganhos salariais arrefeceram e a paralisação parcial do governo elevou a taxa de desemprego, sinalizando que os ganhos de emprego permanecem robustos sem grandes pressões inflacionárias que preocupariam o Fed. Os futuros do minério de ferro terminam a semana frenética acima dos US$ 80.
A semana começa o mercado local avaliando a eleição no Congresso, que teve o DEM e o governo como principais vitoriosos, apesar do tumulto na escolha do Senado. Maia vê Previdência aprovada até julho desde que agenda de costumes fique em 2º plano. No exterior, prevalece a cautela, com desempenho levemente negativo das bolsas e dólar em alta. Pesquisa Focus abre semana de agenda forte para o mercado de juros, com Copom e IPCA. EUA divulgam dados de pedidos às fábricas e de bens duráveis.
