Pedro Hernandez
Morning Call - 04/02/2020
A esperada queda do principal índice de ações chinês, após o feriado prolongado por lá, não foi suficiente para levar a outra onda de pânico aos mercados ontem. A atuação do BC chinês para conter a baixa foi bem recebida, e o dólar iniciou a sessão em queda por aqui após cotação recorde na última sexta-feira e encerrou o dia perto dos R$ 4,25. O Ibovespa seguiu o bom humor dos índices em NY e recuperou os 115.000 pontos após queda de 4% na semana passada. Os juros futuros também acompanharam a recuperação e fecharam em baixa, ajudados ainda pela melhora nas projeções para o IPCA na pesquisa Focus, reforçando as apostas em corte de 0,25pp da Selic para novo piso histórico de 4,25% nesta quarta-feira. Ainda que o início da semana demonstre alívio, as preocupações com o impacto do coronavírus na segunda maior economia do mundo continuam em foco. A China avalia reduzir as projeções para o crescimento neste ano, enquanto espera flexibilidade dos EUA nas promessas da primeira fase do acordo comercial. No EXTERIOR, as bolsas americanas subiram, recuperando-se da pior semana em seis meses, com investidores especulando que os esforços para conter o coronavírus reduzirão os danos à economia global. O petróleo caiu abaixo de US$ 50 o barril pela 1ª vez em mais de um ano. Segundo fontes, a demanda pela commodity na China caiu 20% por conta do coronavírus.
Hoje o mercado externo amanhece mais uma vez aliviado, apesar de os casos de coronavirus terem aumentado e de ter sido registrada a primeira morte em Hong Kong. As moedas pares do real se valorizam nessa manha e as bolsas na Europa e na Ásia sobem. Dados econômicos aqui e nos EUA podem mexer com o mercado. Hoje começa a reunião do Copom, a primeira de 2020 e que pode reduzir a Selic para 4,25%aa amanhã, quando sai o resultado.
Bom dia a todos.