Pedro Hernandez
Morning Call - 03/03/2020
Ontem: Os juros futuros desabaram ontem, em especial na parte média e longa da curva, com apostas do mercado de que o BC terá de voltar a cortar a Selic diante do impacto do coronavírus. Esse movimento nos juros foi reforçado, junto com o avanço do Ibovespa e a desaceleração da alta do dólar, com a notícia de que ministros e banqueiros centrais do G-7 participarão de uma teleconferência nesta terça-feira para discutir como responder ao surto do virus. O dólar chegou a testar R$ 4,50 novamente no pior momento do dia, pressionado pela queda dos juros, acabou cedendo para R$ 4,48 no final do pregão. O CDS 5 anos no Brasil, que se encaminhava para o 8º dia de alta, reverteu o movimento ante a expectativa de estímulos. O Ibovespa subiu mais de 2% puxado principalmente pela alta das bolsas americanas, que subiram mais ainda depois que o mercado aqui fechou. No EXTERIOR, as bolsas americanas subiram com a expectativa de que as maiores economias globais agirão juntas para mitigar o impacto econômico do coronavírus. BCs dos EUA, Japão e Reino Unido se comprometeram a agir conforme necessário para estabilizar os mercados financeiros abalados pela propagação do coronavírus. O petróleo teve a maior alta em cinco meses.
Hoje: Bolsas globais e commodities sobem antes de reunião de ministros do G-7 para debater resposta ao coronavírus e após Trump defender que Fed siga exemplo do BC da Austrália, que cortou sua taxa de juros. Moedas emergentes não seguem ações e rand despenca com recessão na África do Sul. Sanders mantém favoritismo para Superterça democrata nos EUA. No Brasil, BC segue sem atuar no câmbio, que fechou perto da estabilidade nos dois últimos dias, apesar do aumento das apostas em corte da Selic. No Congresso, votação sobre orçamento testa relações com Bolsonaro. Segundo jornais, veto pode ser mantido. Agenda de indicadores é esvaziada aqui e no exterior.
Bom dia a todos.