Pedro Hernandez
Morning Call - 01/12/2020
Ontem: A semana começou com correção dos amplos ganhos dos ativos dos últimos dias, tanto lá fora quanto no mercado local. As bolsas americanas cederam de recordes, mas continuam mostrando um mês de novembro em níveis históricos. Contribuiu para o movimento no exterior a notícia de que os EUA estão impondo sanções a uma empresa chinesa por apoiar o regime da Venezuela. Aqui, além da pressão externa, somaram-se as novas restrições no estado de São Paulo diante da alta de casos de coronavírus e, no caso dos juros, também a expectativa com leilão de NTN-B amanhã. O Ibovespa não fugiu ao driver do dia: o índice caiu mais de 1% e perdeu o patamar de 110.000 pontos, mas teve alta mensal em torno de 16%, a maior desde 2016, beneficiando-se de uma parte de fluxo estrangeiro para emergentes após eleição de Joe Biden no EUA e avanços com vacina para conter pandemia. O dólar caiu quase 7% em novembro, a maior em dois anos.
Hoje: Bolsas globais abrem dezembro em alta, após PMI atingir maior nível desde 2010 e superar previsões na China. Metais avançam e índice dólar caminha para menor nível desde abril de 2018. Vacina da Moderna também ajuda a sustentar otimismo, contrabalançando receios com covid, que também aumentam no Brasil após medidas de restrição em São Paulo. Ambiente externo benigno pode aliviar o câmbio, que ontem não sustentou primeira reação positiva à colocação extra de swaps pelo BC. Nos juros, leilão de NTN-B deve fazer preço após sucesso do Tesouro em ofertas semana passada. Para a inflação, notícia negativa vem da bandeira vermelha, que encarece a energia elétrica. Agenda carregada ainda traz PMI, balança, IPC-S e carteira da B3 aqui. Powell e também PMIs são destaques nos EUA. Na política pós-eleição, Maia diz ter votos para reforma tributária mesmo que o Planalto não a apoie e governo deve propor meta fiscal como pede TCU, segundo Estado.
Bom dia a todos.